A LUTA CONTINUA!

biraviegas@bol.com.br

quarta-feira, 6 de março de 2013

É HISTÓRIA

NO ESTADO DO RN

- O PELOURINHO E A FORCA –

     Natal (RN), erguida em cidade desde 1599, possuía o seu pelourinho na rua Grande e a sua forca na ‘Praia do Peixe’. No primeiro havia sempre o que fazer. Escravos fugitivos indisciplinados, ralé obscura que morava em brejais, instigada pelo álcool, batia a porta da faca e a poder de cacete os arrabaldes tranquilos. A Justiça condenava-os ao açoite e a pública exposição, nas praças, e um passeio, de algemas no pulso, pelas ruas de movimento.

     Foi no pelourinho que sólido mulatão de Ceará-Mirim, neste tempo ‘Boca da Matta’ valeu-se em altos gritos de Nossa Senhora da Apresentação, Padroeira de Natal, dizendo-se descendente de Dom Antonio Felipe Camarão, o índio fidalgo da guerra holandesa. Foi perdoado.

     A forca funcionou três vezes em três anos: de 1845 a 1847.

     A primeira vítima foi um moleque amalucado e doente, franzino e triste, conhecido na ribeira do Potengi por José Pretinho. Seu crime era passional.

     Preso, julgado, condenaram-no à forca.

     Inácio José Baracho foi a segunda pessoa supliciada. Em toda a ribeira do Potengi, Ceará-Mirim e São Gonçalo (do Amarante), Baracho era terror.

     O terceiro e último enforcado foi Alexandre José Barbosa. Seu crime foi o assassinato de Ana Marcelina Clara. Alexandre matou-a a cacetadas, numa madrugada, acabando a agonia sufocando-a na areia.

<<<<<     >>>>>

Do livro: “PARA ERRAR MENOS” de autoria do Professor Severino Bezerra. Editado pelo Departamento Estadual de Imprensa do RN / Governo Walfredo Gurgel – Natal (RN), 1965.

Nenhum comentário: