FOLCLORE POLÍTICO DO RN
A
morte andou cruel com o Estado, em 1971.
José
Augusto Bezerra de Medeiros, Walfredo Gurgel, Manoel Vilaça, Severino Bezerra, José
Carvalho, José Ariston. Tudo gente ilustre. Cada mês, um. Um dia, chega ao RJ
mais uma notícia: a morte de Roberto Freire, jovem e industrial. Djalma
Marinho, que sofria de um problema cardíaco crônico, soube depois do almoço,
passou mal, foi levado às pressas para o Prontocor.
No
caminho, dentro do taxi, os amigos aflitos, um deles, major Eronildes, os olhos
úmidos, pergunta:
-
Djalma, quem é seu suplente?
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O
deputado Vivente da Mota Neto subiu à tribuna da Câmara Federal:
-
Sr. Presidente, Senhores Deputados...
Neste
instante, Otávio Mangabeira ia passando em frente à poltrona do velho José Augusto:
-
Quem é esse aí na tribuna?
-
Trata-se de um animal lá do Rio Grande do Norte...
Lá
de cima o deputado Mota Neto começava seu discurso:
-
Como dizia o velho conterrâneo, glória de meu Estado. Augusto Bezerra.
Mangabeira
arregala os olhos para José Augusto que, sem se perturbar, concluiu a frase:
-
Mas que de vez em quando tem seus momentos de lucides.
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Do livro: FOLCLORE POLÍTICO de
autoria do Jornalista SEBASTIÃO NERY. Editado pela Geração de
Comunicação Comercial Integrada Ltda - SP/SP - 1ª Edição - Nov. 2002.
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