Percentual de pessoas que considera o governo ruim ou péssimo é o maior
registrado nos 27 anos da pesquisa CNI-Ibope
O número de brasileiros que considera o governo Dilma Rousseff ótimo ou
bom foi de 10% em setembro, praticamente igual aos 9% registrados em junho. Os
que avaliam o governo como ruim ou péssimo oscilou de 68% para 69%. “A
popularidade da presidente Dilma manteve-se inalterada entre junho e setembro”,
observa a pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quarta-feira (30), pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI). Todos os indicadores do levantamento
ficaram dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou
para menos.
O percentual de pessoas que considera o governo ruim ou péssimo é o
maior registrado nos 27 anos da pesquisa CNI-Ibope.
A avaliação dos dados
revela que a queda na popularidade enfrentada por Dilma Rousseff neste início
do segundo mandato é maior do que a registrada pelos ex-presidentes Fernando
Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
“Perder popularidade no início do segundo mandato não é novidade. Mas a
perda da presidente Dilma foi mais intensa”, observa o levantamento. Em
dezembro de 2014, último mês do primeiro mandato, 40% da população considerava
o governo Dilma ótimo ou bom. O número caiu para 10% agora em setembro de 2015,
similar ao verificado no fim do governo de José Sarney, em 1989. No início do
segundo mandato de Fernando Henrique, o número dos que avaliavam o governo como
ótimo ou bom diminuiu de quase 40% para 16%. No caso de Lula, o percentual
recuou de 57% para cerca de 50%.
MANEIRA DE GOVERNAR – A pesquisa de setembro revela ainda que 82% da
população desaprovam a maneira de governar e que 77% não confiam na presidente
Dilma. Mas a popularidade melhorou um pouco entre as pessoas com mais de 55
anos de idade. Nessa camada da população, o percentual dos que aprovam a
maneira de governar da presidente subiu de 20% em junho para 24% em setembro, e
o número dos que desaprovam caiu de 75% para 70%.
A popularidade da presidente também melhorou nas periferias das
capitais. Nesses locais, o percentual dos que confiam na presidente aumentou de
13% em junho para 20% em setembro, e os que avaliam o governo como ótimo ou bom
subiu de 6% para 10%.
IMPOSTOS E JUROS – Conforme a CNI-Ibope, as ações do governo com as
piores avaliações da população são os impostos e a taxa de juros.
Entre os
entrevistados, 90% desaprovam a atuação do governo na área de impostos e 89%
estão insatisfeitos com as ações sobre os juros. As medidas do governo nas
áreas de segurança pública, saúde, educação, combate à inflação, combate ao
desemprego também são reprovadas por mais da metade dos brasileiros.
“As políticas melhoras avaliadas são às relativas ao combate à fome e à
pobreza, com 29% de aprovação, e ao meio ambiente, com 25% de aprovação”,
observa a pesquisa. Essa edição da CNI-Ibope ouviu 2.002 pessoas em 140
municípios, entre 18 e 21 de setembro. O nível de confiança é de 95%.
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