QUADRILHÃO DESMEMBRADO
FACHIN MANDA A MORO DENÚNCIA CONTRA CUNHA, GEDDEL, ALVES E LOURES
Ministro desmembrou 'quadrilhão' após Câmara barrar denúncia
Peemedebistas são acusados pelo crime de organização criminosa (Foto: Reprodução)
Depois
de a Câmara dos Deputados barrar a análise no Supremo Tribunal
Federal da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o
presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e
Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), o ministro Edson
Fachin, da Corte máxima, decidiu desmembrar a denúncia para que tramite
na primeira instância.
Fachin decidiu enviar ao juiz Sérgio
Moro, da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, a parte da denúncia
pelo crime de organização criminosa que se refere ao restante do núcleo
político do PMDB da Câmara — o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ex-ministro
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o ex-assessor especial da presidência
Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Moro é o responsável pela condução da
Lava Jato na primeira instância. “Diversos integrantes da apontada única
organização criminosa foram processados e, inclusive, já sentenciados
pelo Juízo da 13.ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba”,
disse Fachin, ao justificar o envio a Moro.
Já a parte da denúncia que é pelo crime
de obstrução à investigação de organização criminosa, com relação a
Joesley Mendonça Batista e Ricardo Saud, será encaminhada à Justiça
Federal em Brasília.
Temer havia sido denunciado junto com
os três. Também serão encaminhados para investigação em Brasília, em
relação a este caso, Lúcio Funaro, Roberta Funaro, Eduardo Cunha e
Rodrigo Rocha Loures, que não chegaram a ser denunciados pela
Procuradoria-Geral da República em setembro.
Para Fachin, a necessidade de prévia
autorização da Câmara dos Deputados para processar o presidente da
República e ministros de Estado “não se comunica” aos outros réus.
Em outro aspecto importante da decisão,
Fachin decidiu que as prisões preventivas decretadas contra Joesley
Batista e Ricardo Saud deverão ficar a partir de agora sob a análise do
juiz Sérgio Moro. E que as prisões preventivas de Lúcio Bolonha Funaro,
Eduardo Cosentino da Cunha e Roberta Funaro Yoshimoto, no âmbito da
Operação Patmos, ficará submetidas à Justiça Federal do Distrito
Federal.
Ao concluir, Fachin diz que deverão
seguir formalmente investigados no Supremo apenas o presidente Michel
Temer, o ministro Eliseu Padilha e o ministro Moreira Franco.
“Diante da negativa de autorização por
parte da Câmara dos Deputados para o prosseguimento da denúncia
formulada em desfavor do Presidente da República e dos aludidos
Ministros de Estado, o presente feito deverá permanecer suspenso
enquanto durar o mandato presidencial e as investiduras nos respectivos
cargos”, decidiu o ministro do STF.
Texto e foto: DIÁRIO DO PODER
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