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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

POESIA POPULAR NORDESTINA

Durante uma cantoria entre os extraordinários  poetas
Pinto do Monteiro e Lourival Batista, o  Louro do Pajeú,
termina uma estrofe dizendo:

'Pinto não serve pra nada;
É Pinto mas não se zanga'.

Pinto responde:

'Pois se vire numa franga
Que eu quero pegá-lo agora.
Os pés sustentando o corpo,
E as asas fazendo escora,
O bico ferrando a crista,
O resto eu digo outra hora.'

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