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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

SENHORES CANDIDATOS, VAMOS FALAR DE EFICIÊNCIA

Publico - na íntegra - um dos mais oportunos artigos que lí ultimamente sobre a atual situação econômica e social do nosso país, bem como, de alerta para o nosso próximo presidente.
O artigo - que me foi remetido via e-mail, pelo nosso parente Antonio Viegas, é de autoria de Paulo Rabello de Castro, doutor em economia e palestrante, conselheiro de empresas e autor de livros como A Grande Bolha de Wall Street.
Doutor Paulo Castro também edita o Blog da Bolha.
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SENHORES CANDIDATOS, VAMOS FALAR DE EFICIÊNCIA
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Devemos nos perguntar que tipo de programa de governo esperamos dos candidatos e candidatas presidenciais no próximo ano. Fernando Henrique Cardoso entregou a moeda estabilizada, mas o país meio estagnado. Lula desatolou o caminhão e pôs bastante gente para cima da velha carroceria, numa grande inclusão social. E dirigiu buzinando, para o resto do mundo ver e ouvir que a velha lata andava - e bem. Mas será com esta infraestrutura que vamos encarar a competição mundial?

O setor público não mede resultados nem eficiência. Por isso, o gasto cresce sem virar serviço de qualidade

E com esta carga tributária, a mais alta do planeta, que drena riqueza da sociedade por meio de um siste­ma tributário de complexidade insana? E com este ní­vel de gasto público, que avança em velocidade muito superior à da renda do trabalhador que o sustenta? E com a carga financeira da dívida pública, ainda enor­me para um país como o Brasil? E com o déficit cres­cente da Previdência imprevidente, que empurra um problema que exigirá solução em algum momento? A lista de anormalidades é grande demais. A mais recen­te pesquisa CNI- Ibope mostra uma contradição aparente: o público aprova Lula e seu go­verno em 83% e 72%, respecti­vamente, enquanto desaprova todos - sim, todos - os itens importantes da administração nos últimos quatro anos, co­meçando pelo descontrole do gasto público, pela carga de impostos, pela falta de segurança e pela corrupção, pela precariedade da saú­de e da educação. Esses dois serviços fundamentais a classe média paga duas vezes, ao comprar no setor privado o que não consegue do Estado, por causa da administração pública de má qualidade.
Somos muito ineficientes como país. Eis o perigo: poderemos envelhecer sem alcançar o prometido progresso. O envelhecimento é uma viagem lenta, mas sem volta. Quem já passou dos 60 pode contar aos demais quanto demora para chegar lá - nada. É um piscar de olhos. Assim, a desatenção com o pro­grama do candidato presidencial pode nos ser fatal. Seremos tapeados pelo motivo mais banal: o can­didato não vai conseguir entregar o que ele mesmo desconhece. Que sabem eles sobre a importância de prepararmos uma verdadeira revolu­ção da eficiência naciorial?
O setor público ainda segue ca­minhos que passam longe da pala­vra produtividade. Ressalvem-se as exceções, como algumas empresas e bancos do governo. Mas o serviço público não calcula resultado nem presta contas de eficiência. Isso não é cobrado pelo Ministério Públi­co nem pelo Tribunal de Contas da União, embora os desperdícios sejam gritantes. Esse sistema pode mudar, porém, e rápido, desde que todos nos convençamos do compromisso de crescer com absoluta devoção à eficiência. Me­dindo, aferindo, corrigindo, aperfeiçoando rumos e metas. Já há funcionários e repartições no governo nessa toada. Como eles ainda são minoria, o gasto público incha sem virar serviço realmente prestado.

O padrão de 2011 para a frente teria de ser outro.

Depende apenas de nós repetir isso aos candidatos como um mantra, a todo momento, para que os do­nos do poder nos escutem. As vantagens não serão poucas. Crescer mais rápido, cerca de 6% ao ano em média, fará a inclusão econômica da grande maioria, ainda hoje encostada nos cheques de assistência so­cial do governo. Perpetuar o encosto não pode ser plano de candidato sério. Produzir empregos para jovens e pais e mães de família, sim. Creio que isso se alcançará se o mercado de capitais do país se tornar aberto para a poupança do grande público. Hoje, é proibido até investir seu FGTS no pré-sal. Todo mundo gostaria de ser um pouquinho Eike Batista, mas o governo não deixa. Pior para nós se ficarmos quietos, enquanto nos servem a ração diária. Que tal latir?
A fórmula de crescer com vigor pela via do in­vestimento nacional mais robusto já foi testada e aprovada em outros países. Ela combina da melhor forma a estamina e a criatividade do empresário e do trabalhador. Daria um grande samba de progresso, construído em cima da estabilidade de FHC e da in­clusão social de Lula. Mas o disco tem de mudar para que se inicie outro ciclo: o do Brasil eficiente.
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Artigo by Paulo Rabello de Castro
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Um comentário:

Chagas Nascimento disse...

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