Brasília - A Polícia Federal (PF) prendeu ontem (22), em caráter preventivo, 64 pessoas acusadas de participar de um esquema que fraudava autorizações de desmatamento e de retirada ilegal de madeira de áreas públicas e de proteção ambiental. O grupo também forjava a documentação necessária para que serrarias e madeireiras envolvidas no golpe pudessem transportar, processar e comercializar os produtos florestais ilegais.
No início da tarde, a assessoria do órgão chegou a divulgar que cerca de 70 pessoas já haviam sido detidas, contudo, o número foi corrigido em nota divulgada no início da noite.Além de madeireiros e proprietários rurais, foram presos o ex-conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso Ubiratan Spinelli, que deixou o tribunal em dezembro de 2007, e seu filho, Rodrigo Spinelli. De acordo com a assessoria do tribunal, Rodrigo é funcionário efetivo da área técnica do tribunal.
Também foram detidos assessores do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, e sua mulher, Janete Riva. De acordo com a assessoria da PF, a Justiça Federal em Mato Grosso expediu 91 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.
Segundo a assessoria da PF, a Operação Jurupari – uma referência ao personagem que, segundo a lenda tupi, é a entidade enviada pelo Sol para reformar a Terra e fazer valer as leis – é o resultado de cerca de dois anos de investigação, período durante o qual foram constatadas irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais por servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) e de outros órgãos de governo, por engenheiros e fazendeiros. De acordo com a PF, a maior parte dos acusados faziam movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos declarados à Receita Federal.
A PF estima que o valor mínimo dos danos ambientais chegue a R$ 900 milhões, cálculo detalhado em quase uma centena de laudos periciais feito pelo setor técnico-científico da PF em Mato Grosso e que permitiu à Justiça Federal decretar o sequestro e a indisponibilidade dos bens dos 91 acusados.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de formação de quadrilha; corrupção ativa e passiva; furto; grilagem de terras; falsidade ideológica; inserção de dados falsos em sistema de informática, além de diversos crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).
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TEXTO:
Agência Brasil / Por Alex Rodrigues
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No início da tarde, a assessoria do órgão chegou a divulgar que cerca de 70 pessoas já haviam sido detidas, contudo, o número foi corrigido em nota divulgada no início da noite.Além de madeireiros e proprietários rurais, foram presos o ex-conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso Ubiratan Spinelli, que deixou o tribunal em dezembro de 2007, e seu filho, Rodrigo Spinelli. De acordo com a assessoria do tribunal, Rodrigo é funcionário efetivo da área técnica do tribunal.
Também foram detidos assessores do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, e sua mulher, Janete Riva. De acordo com a assessoria da PF, a Justiça Federal em Mato Grosso expediu 91 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.
Segundo a assessoria da PF, a Operação Jurupari – uma referência ao personagem que, segundo a lenda tupi, é a entidade enviada pelo Sol para reformar a Terra e fazer valer as leis – é o resultado de cerca de dois anos de investigação, período durante o qual foram constatadas irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais por servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) e de outros órgãos de governo, por engenheiros e fazendeiros. De acordo com a PF, a maior parte dos acusados faziam movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos declarados à Receita Federal.
A PF estima que o valor mínimo dos danos ambientais chegue a R$ 900 milhões, cálculo detalhado em quase uma centena de laudos periciais feito pelo setor técnico-científico da PF em Mato Grosso e que permitiu à Justiça Federal decretar o sequestro e a indisponibilidade dos bens dos 91 acusados.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de formação de quadrilha; corrupção ativa e passiva; furto; grilagem de terras; falsidade ideológica; inserção de dados falsos em sistema de informática, além de diversos crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).
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TEXTO:
Agência Brasil / Por Alex Rodrigues
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