Segundo Mantega, atuar sobre esse mercado é fundamental para conter a alta do real. A taxa de câmbio é formada fundamentalmente no mercado de derivativos. O capital especulativo de curto prazo será o que mais sofrerá com os aumentos das taxas, segundo o ministro. “Nós queremos diminuir o apetite, principalmente dos aplicadores de curto prazo”.
Mantega disse que não há garantias de que a desvalorização da moeda americana em relação à brasileira acabará. “Estamos atenuando o excesso de valorização”. Para o ministro, a medida anterior de aumentar o IOF de 2% para 4%, no dia 4 de outubro, sobre os investimentos estrangeiros, não foi ineficiente. Na avaliação dele, sem essa atitude, a valorização do real teria sido ainda maior.
Novas medidas para conter a alta do real não estão descartadas, de acordo com Mantega. “Temos que dosar o remédio de modo que ele não seja excessivo”, disse ao defender que as medidas em relação ao câmbio sejam graduais.
Mantega disse, no entanto, que uma solução definitiva para a “guerra cambial” passe por um acordo internacional para regular o tema. “Vamos ter que achar uma solução em conjunto”.
Texto: Agência Brasil / Por Daniel Mello
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