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quarta-feira, 23 de março de 2011

UM PRESENTE PARA MIM MESMO: A RE-LEITURA DA BIOGRAFIA DE UM GRANDE SERVO DE DEUS

No dia de ontem (22), tive a Divina Graça de comemorar mais um ano de vida. Obrigado MEU DEUS!
Apesar de tão significativa data o dia transcorreu normalmente. Nada de muito diferente do convencional, afora os inúmeros abraços recebidos e o carinho dos familiares e amigos externados pessoalmente ou através de telefonemas e e-mail's.
Mas a maior satisfação foi em lugar de aceitar os insistentes convites dos amigos para durante o período noturno fazermos uma confraternização em um dos 'bares da vida', ler um dos meus velhos e queridos livros existentes na minha modesta biblioteca.
Escolhi reler uma biografia escrita pelo Doutor Bianor Medeiros no ano de 1976, sobre uma personalidade pela qual nutro uma eterna admiração e imorredouro respeito.
Um idealista e realizador. Foi sacerdote, educador, poeta, esportista e um político honesto que o Estado do Rio Grande do Norte teve a honra de tê-lo como Deputado Federal, Senador, Vice-Governador e Governador: Monsenhor Walfredo Gurgel.
Um verdadeiro exemplo de um servo de Deus e um maravilhoso mestre que transmitiu belíssimas lições de vida para todos nós.
Aproveitando do ensejo, publico abaixo dois dos vários poemas da autoria do 'Padre', escritos entre os anos de 1925 à 1930, e que foi enviado ao seu irmão Zózimo na data de 1 de abril de 1930, do seminário em Roma, onde concluía seus estudos.

A MINHA MÃE

Manhã d'inverno... ausente do meu ninho,
A contemplar a triste natureza,
Dentro de um tédio eu vou aqui sozinho
Renegando esta frívola tristeza.
Sinto correr no corpo uma frieza...
Ouço o piar de triste passarinho;
Tudo é tristonho... nada de beleza...
Longe assobia o vento de mansinho.
Cerro do quarto a lúgubre janela;
Entro... na banca tosca onde eu estudo
Vou divisando aquela estampa bela,
O retrato de minha mãe querida.
A vós, ó mãe, eu amo mais que tudo
E amar-vos-ei até o fim da vida.

- Monsenhor Walfredo Gurgel -
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MORTO
À memória de meu pai.

Vi estendido em fúnebre caixão,
Inerte, morto e já desfigurado,
Um ser por mim querido e muito amdo;
Disto eu tenho infeliz recordação.
Quantas dores sofri no coração,
Naquele instante triste e amargurado!
Impossível supor qu'eu torturado
Tivesse um dia alguma consolação.
A trinta e um de Março infelizmente
Ví minha mãe viúva tristemente
E meus irmãos comigo na orfandade;
Vi sair o caixão numa tristeza
No momento infeliz da natureza,
Deixando no meu peito uma saudade.

- Monsenhor Walfredo Gurgel -
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Ganhei o meu dia!

3 comentários:

Damiao disse...

Quero externar o desejo de um feliz aniversário, também do amigo Blogueiro, Carlinhos Tour guide. Feliz aniversário, meu amigo.

Aldeniz disse...

Meus parabéns atrazado amigo, muita paz, saúde e felicidades! E com toda certeza, você ter reencontrado este livro justamente neste dia, foi uma dádiva divina. Um grande abraço.

Unknown disse...

caro Viega, sou filho de Bianor Medeiros ( Humberto - Beto),
também tenho os dois poemas como os meus favoritos...Esta semana fui no fundo da estante e devorei as folhas do livro tempo de menino de papai...boas lembranças, muitas saudades. Fica com DEUS e boas leituras.