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sábado, 16 de abril de 2011

DESABAFO

Amigos,


A vida gira como cata-ventos ao sabor dos ventos.


E a vida, mesmo sem ser a mesma, foi-me conduzindo por caminhos os quais, procurei atingir a revelação da vida na mais profunda essência.


Quando os dias pareciam cochilar, de tão mansos, ali pela esquina do Rio Grande, João Pessoa ou Rio Branco; Quando a Ribeira era uma festa de homens austeros e prósperos durante o dia e amantes das mulheres livres que enfeitavam a noite; de repente se descobriu que aquele tempo não existia mais. Os casarões ficaram fechados, as luzes vermelhas apagadas, os fantasmas desaparecidos das ruas, e suas velhas sacadas cheias de um silêncio pesado e sem fim.


É bem verdade que não vi os últimos vestígios desse tempo, amigos, quando tudo era tão humano que até os pecados eram maneiros. Não vi a Ribeira nas suas últimas noites de fulgor. Quando descobri suas ruas e becos suspeitos a Ribeira já dormia, abandonada e triste. É verdade que na beira do rio, entre ruínas e ferrugens, resistia o último espaço que frequentamos - o velho Brisa Del Mare - a vida girava e a Ribeira agonizava. O tempo foi rápido, muito rápido. Depois, o amplo girar da vida, trouxe-me vários acontecimentos: São todos momentos perenes. Exceto a política. Gostar de política não é fácil, pois seu processo pode ser extremamente duro. De fato, os expedientes da política são carregados de competições, conflitos e, vez por outra, deslealdade se torna seu aspecto mais visível. Alguns afirmam que a luta pelo poder pode mostrar o que há de pior no homem. Por isso, as sociedades modernas se esforçam tanto para criar leis e padrões éticos que regulem discussões políticas dentro daquilo que a população considera como um comportamento correto e aceitável.


Sempre vale lembrar Thomas Jefferson em uma citação famosa: 'Se os homens fossem anjos, não precisariam de governos"


Os últimos acontecimentos lembrou-me palavras de Benjamin Disraeli, político inglês: "Nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe, aja ou saia; faça ou vá embora".


Portanto, passei a ser figurante dispensável para alguns no enredo em que a 'tragédia' ganhou o papel principal. Tenho convicção de uma vida apoiada na dignidade pessoal e essencialmente nobre, relacionado a um sentimento pelo próximo, pela cidade e por tudo aquilo que influencia a vida de todos.


Fazer o que? hoje, procurar trazer de volta a minha vida: O sol, o mar, o xiquexique, os pássaros - o meu golinha chama-se ABC - símbolos tão familiares para mim.


O grande abraço! com o meu desabafo da semana.


Itamar Azevedo de Oliveira

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