Brasília - Uma nova informação divulgada hoje (6) pela imprensa norte-americana voltou a contradizer relatos anteriores da Casa Branca sobre a operação que levou à morte do líder e fundador da Al Qaeda, Osama Bin Laden - no último domingo (1º). A imprensa informou que autoridades federais afirmaram que, diferentemente dos dados anteriores, apenas uma pessoa – o mensageiro de Bin Laden – atirou contra as forças especiais que invadiram o esconderijo do líder.
De acordo com as autoridades, o mensageiro estava em um andar diferente da mansão onde Bin Laden vivia escondido – na cidade de Abbottabad – e foi morto pelas forças americanas no início da operação. Essas novas informações representam mais mudanças no relato sobre como transcorreram os cerca de 40 minutos da operação.
Desde a noite do dia 1º, quando o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou a morte do líder da Al Qaeda em cadeia nacional, membros da Casa Branca já mudaram repetidas vezes sua versão sobre a operação.
Na última segunda-feira (2), o principal assessor do governo para assuntos de segurança nacional e contraterrorismo, John Brennan, disse que Bin Laden foi morto com um tiro na cabeça ao resistir à captura.
“Se nós tivéssemos a oportunidade de pegar Bin Laden vivo, se ele não apresentasse qualquer ameaça, os indivíduos envolvidos [na operação] estavam aptos e preparados para fazer isso”, afirmou Brennan.
De acordo com Brennan, o líder da Al Qaeda resistiu e houve troca de tiros com as forças americanas que invadiram seu esconderijo. Ele afirmou ainda que Bin Laden tentou usar uma de suas esposas como escudo, e a mulher acabou morta na ação. No dia seguinte, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, mudou o relato e disse que Bin Laden não estava armado.
Segundo Carney, mesmo desarmado, Bin Laden resistiu à captura, e várias pessoas presentes no local estavam armadas, com “intensa” troca de tiros. O porta-voz afirmou ainda que uma das esposas de Bin Laden confrontou as forças americanas e foi alvejada na perna, mas não morreu, contrariando a versão de Brennan.
As versões contraditórias vêm aumentando as críticas e dúvidas sobre a legalidade da operação que levou à morte de Bin Laden, acusado de ser o mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001, que mataram quase 3 mil pessoas em Nova York e Washington.
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