"CAUSOS": - PAULINO CHAPELEIRO (Parte 1) -

Os 'causos' (*) que relato abaixo são frutos do bom humor e da capacidade de pronto raciocínio de um dos mais conhecidos 'Vultos Populares' do município de Jardim do Seridó - RN. 

Seu nome era Paulino Januário de Maria, mas se tornou conhecido -  e querido -  pela população jardinense como "Paulino Chapeleiro". Nasceu no município de Caruaru (PE), na data de 04 de junho de 1891 e faleceu em Jardim do Seridó na data de 02 de setembro de 1978.

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Certa vez em Parelhas, Paulino Chapeleiro pediu água numa casa mas ficou distante por causa de um cachorro. Ao trazer a água a mulher disse que ele não tivesse medo pois o mesmo era castrado.

Ele respodeu:

- Eu tenho medo é dos dentes.

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Severina, sua esposa, lhe pediu para ir o sítio Mingote comprar uma galinha. Quando voltava pediu água numa casa, e quando foi beber teve que soltar a galinha. Um galo que estava por perto cobriu.

Paulino disse:

- É danado, comprei para comer e o galo comeu primeiro.

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Numa viagem que fez a Macaíba. dormiu em Santa Cruz junto com um menino que o acompanhava. O quarto do hotel não tinha sanitário. De madrugada sentiu vontade de fazer xixi. Pensou e achou uma solução. Colocou o menino na sua rede e urinou na rede do menino, para jogar a culpa nele. Quando foi desfazer a troca, o menino havia 'cagado' na sua rede.

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Estavam falando que nos Estados Unidos as mulheres andavam quase nuas, e que essa moda ia chegar também a Jardim.

Paulino comentou:

- Deixaram para inventar isso depois que eu ceguei.

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Foi operado da próstata em Caruaru, e quando a enfermeira foi fazer a 'higiene', ele disse:

- Pode pegar, que a cobra já perdeu o veneno.

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(*) Causos publicados no livro "VULTOS POPULARES DE JARDIM DO SERIDÓ", de autoria do professor José Nilton de Azevêdo - Edição do Autor - Ano de 1998.

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ATUALIZAÇÃO

(às 14:11 horas)

Recebo - via e-mail -  do amigo Gilmar Azevedo o Gilmar de Geraldo Dias, mais um dos incontáveis 'causos' (não está publicado no livro acima citado) cujo personagem central foi 'Paulino Chapeleiro'.

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Iria, outra figura folclórica de Jardim do Seridó, foi a Paulino Chapeleiro para ele colocar um fundo novo no seu  galão (duas latas de querosene Jacaré) que estava furado. Como era muito “amarrada”, levou uns pedaços de tábua debaixo do braço para servir de fundo para as latas e fez a seguinte pergunta:

- Seu Paulino, se eu lhe der o fundo, por quanto o senhor bota um fundo novo no meu galão?

Sem pestanejar e com muita presença de espirito, Paulino responde:

- Eu boto de graça e ainda encho os dois potes de água da sua casa.

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