Policiais e bombeiros do Rio de Janeiro decidem entrar em greve
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Policiais militares, policiais civis e bombeiros decidiram, em assembleia geral, decretar greve a partir desta sexta-feira (10). Entre as principais reivindicações, estão o estabelecimento de um piso salarial de R$ 3,5 mil e a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Dalciolo, preso ontem (8) à noite, após retornar de Salvador, onde acompanhava a greve dos policiais baianos.
A concentração na Cinelândia, em frente à Câmara de Vereadores, começou por volta das 17h e a decisão pela greve foi tomada às 23h21, quando os cerca de 1,5 mil presentes, segundo organizadores, aprovaram a paralisação por aclamação. A recomendação das lideranças foi para que os policiais e bombeiros sigam para suas unidades, mas se recusem a sair.
O secretário da Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, anunciou na parte da tarde que o Exército disponibilizou 14 mil soldados para patrulhar o estado. Também são esperados 300 homens da Força Nacional de Segurança, que trabalharão nos serviços prestados pelos bombeiros.
Com a proximidade do carnaval, a preocupação é garantir segurança aos milhares de turistas que chegam ao Rio para a festa. Segundo o comandante dos bombeiros, o carnaval será realizada com a segurança feita pelas forças federais e de efetivos que não aderiram à greve.
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Policiais militares da Bahia decidem manter greve
Luciana Lima - Enviada Especial da Agência Brasil
Salvador - Os policiais militares da Bahia decidiram continuar com a greve, mesmo depois da desocupação do prédio da Assembleia Legislativa, ocorrida na manhã de hoje (9). A decisão foi tomada em assembleia no Ginásio dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, no centro de Salvador.
Foi no ginásio que se concentrou a maioria dos policiais que deixaram o prédio da Assembleia Legislativa. A reunião que decidiu pela manutenção do movimento durou praticamente todo o dia. Os grevistas rejeitaram a proposta feita pelo governo de pagamento das gratificações de forma escalonada a partir de novembro deste ano até 2015.
Os policiais querem o pagamento de uma das gratificações por Atividade Policial (GAPs) acertadas no movimento grevista de 2001, a GAP 4, no próximo mês e a outra parte, a GAP 5, em março do ano que vem.
Eles aguardam uma nova proposta do governo e marcaram uma nova assembleia para amanhã, às 16 horas, para novamente avaliar se voltam ao trabalho.
Enquanto isso, os oficiais da PM reunidos em outra assembleia ainda não decidiram se entram se aderem ao movimento dos soldados. A reunião foi aberta com um número insuficiente de oficiais para formar um quórum deliberativo: 191 associados.
O comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, também está participando da assembleia dos oficiais que ocorre desde as 18 horas em um hotel de Salvador.
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