De parabéns os policiais do 2º e o 10º Batalhão da Polícia Militar, a Delegacia de Homicídios de Campina Grande e a delegacia de Queimadas, no Estado da Paraíba, que em pouco mais de vinte e quatro horas, descobriram e prenderam os suspeitos da morte das jovens Michele Domingos da Silva (29), e Isabela Jussara Frazão Monteiro (27), assassinadas na madrugada do domingo (12), quando participavam de um aniversário na cidade de Queimadas, localizada a 15 km de Campina Grande e 147 de João Pessoa (PB).
Segundo informações dos blogs e jornais da região, as jovens apresentavam sinais de terem sido violentadas, e em seguida cruelmente assassinadas.
Polícia prende décimo suspeito de estupro em festa na Paraíba
Último suspeito foi preso no município de Massaranduba, vizinho a Campina.
Seis adultos prestaram depoimento e estão na Central de Polícia.
O último suspeito de envolvimento em cinco estupros e na morte de duas mulheres durante uma festa na cidade de Queimadas, na Paraíba, foi preso no início da tarde desta segunda-feira (13). De acordo com a Polícia Civil, o décimo detido estava foragido, mas foi encontrado no município de Massaranduba e transferido para a Central de Polícia de Campina Grande. Seis homens adultos já prestaram depoimento e estão na carceragem, podendo ser transferidos para o Complexo Penitenciário do Serrotão até a terça-feira (14). Além deles, três adolescentes foram detidos e devem permanecer em abrigos provisórios durante as investigações.
O caso ocorrido na madrugada do domingo (12) começou a ser solucionado durante uma operação conjunta envolvendo o 2º e o 10º Batalhão da Polícia Militar, a Delegacia de Homicídios de Campina Grande e a delegacia de Queimadas. De acordo com a delegada Cassandra Duarte, as duas mulheres estupradas eram amigas dos dois irmãos que organizavam a festa e eles teriam premeditado o abuso sexual.
Com a ajuda de quatro homens, a dupla teria simulado que a casa havia sido invadida por assaltantes. Cinco mulheres foram amarradas, amordaçadas e tiveram os olhos vendados para serem violentadas em um quarto. Segundo a investigadora, a recepcionista Michele Domingues da Silva, de 29 anos, e a professora Isabela Pajussara Frazão Monteiro, de 27, acabaram morrendo porque a venda que cobria os olhos de uma delas caiu e elas conseguiram identificar os estupradores.
A principal suspeita é de que os estupros tenham sido planejados por um dos homens presos como forma de 'presentear' o irmão em seu aniversário. O crime teria sido arquitetado um dia antes, quando os irmãos foram a um mercado comprar cordas e lacres 'enforca-gato' para amarrar as mulheres presentes na festa e forçar as relações sexuais. "O objetivo principal de Eduardo era estuprar Isabela, a quem estaria assediando sem sucesso há certo tempo”, comentou o delegado regional André Rabelo. Michele, que não seria o alvo inicial, acabou indo à festa com a amiga.
Com base nos depoimentos dos presos, a delegada disse acreditar que todos os homens presentes na festa iriam violentar as mulheres. Nos corpos das mulheres foram encontrados sêmen e resíduos de pele nas unhas. A Polícia Civil vai solicitar a colheita de material genético de todos os presos para exames de DNA. No entanto, a delegada diz ter certeza de que pelo menos três deles chegaram a ter relações sexuais com as vítimas.
"É uma violência gratuita. Aqui não tem dívida, não tem droga, não tem relação de roubo, nem assalto. Apenas eles queriam elas duas, mas como elas os reconheceram acabaram sendo mortas", disse Cassandra Duarte.
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