Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff vai se reunir amanhã (25) com os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), para apresentar a decisão sobre os vetos ao Código Florestal, antes do anúncio oficial, que será feito às 14h em uma entrevista coletiva com os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
O texto, aprovado pela Câmara no fim de abril, deixou fora pontos que haviam
sido negociados pelo governo durante a tramitação no Senado. A ministra de
Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que, após a reunião com líderes
do governo, vai sugerir que a presidenta reúna todos os líderes partidários para
apresentar a proposta antes do anúncio oficial. “A reação da opinião pública
confirma a tese que defendíamos de que seria melhor termos apostado no acordo do
Senado”, disse Ideli, de acordo com a assessoria de imprensa da Presidência.
A decisão sobre o veto tem movimentado o Palácio do Planalto nos últimos
dias, com reuniões diárias sobre o assunto. A de hoje (24) durou mais de sete
horas e reuniu a presidenta, os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro; do
Meio Ambiente, Izabella Teixeira; do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; da
Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, além
de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da
Agência Nacional de Águas (ANA).
Mais cedo, o
vice-presidente Michel Temer adiantou que a presidenta deverá vetar parcialmente
o novo código, mas não detalhou quais os pontos do texto serão
derrubados.
Entre os pontos polêmicos da nova lei florestal estão, por exemplo, a
possibilidade de anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução dos parâmetros
de proteção de áreas de preservação permanente (APPs).
Desde a aprovação do novo código na Câmara, organizações ambientalistas e
movimentos sociais lideram um movimento, chamado “Veta, Dilma”, pedindo que a
presidenta derrube os pontos considerados mais críticos do projeto. Os protestos
se intensificaram essa semana e hoje um grupo de manifestantes deve fazer uma
vigília em frente ao Palácio do Planalto para pedir a derrubada do texto. Parte
do grupo tentou subir a rampa de acesso ao prédio, mas foi impedido pela
segurança presidencial.
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