O advogado do radialista Mução, Waldir Xavier, afirma que o suposto envolvimento do humorista com crimes de pedofilia foi um “mal-entendido”. “Uma possibilidade é que alguém tenha acessado conteúdo com pedofilia no computador dele. Daí se gerou um mal-entendido”, afirmou o advogado em entrevista coletiva nesta quinta-feira (28) na sede da Polícia Federal (PF), em Fortaleza.
A operação “DirtyNet” realizada nesta quinta-feira em 11 estados e no Distrito Federal prendeu o humorista no Bairro Meireles, em Fortaleza, por suspeita de divulgação na web de material pornográfico infantil.
“Tudo vai ser esclarecido. Ele não tem nenhuma participação. É profissional reconhecido nacionalmente. A partir das oitivas (depoimentos), a Polícia Federal vai constatar que ele não tem nenhum envolvimento”, afirmou o advogado do radialista, Waldir Xavier.
Prisões
Além do humorista, outras prisões ocorreram no Rio Grande do Sul (5), Paraná (3), São Paulo (9), Rio de Janeiro (5), Espírito Santo (1), Ceará (1), Minas Gerais (5), Bahia (1) e Maranhão (2). Entre os presos, está um humorista famoso em Fortaleza, conhecido como Mução. Uma pessoa segue foragida.
Segundo a Polícia Federal, 97 estrangeiros e 63 brasileiros participariam da rede de pedofilia, trocando material contendo cenas de sexo explícito com crianças e adolescentes. Em todo o Brasil, 49 pessoas foram identificadas.
Perícia
Segundo a PF, o humorista teve a prisão temporária decretada pela Justiça Federal em Pernambuco. “Acredito que, pela materialidade das provas, [a prisão] pode ser transformada em preventiva”, afirma a delegada da PF, Kilma Caminha.
A PF fez duas buscas no Recife, no antigo endereço residencial do suspeito, no bairro da Imbiribeira, e no comercial, no bairro de São José, além de buscas em dois locais em Fortaleza e um no Rio Grande do Norte. “A busca é uma complementação dessa arrecadação de provas, para que possamos ver se ele pode ser indiciado por outros crimes. Por hora, já temos comprovado que ele trocava essas imagens. Outros crimes estão sendo investigados”, explica a delegada da PF.
O suspeito teria se mudado para Fortaleza há pouco tempo, cerca de três meses. “Quando as investigações começaram, em dezembro, ele morava aqui no Recife. Identificamos residências dele em Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte”, afirma Antunes, que ressalta ainda a impossibilidade de dar mais detalhes sobre a operação. “Esse é um caso que corre em segredo de Justiça, todo cuidado é pouco”, diz o diretor regional.
Texto: G1
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