Brasília – A polícia da França faz buscas na fronteira da Guiana Francesa com o Brasil para tentar capturar garimpeiros brasileiros suspeitos de matar dois militares, em junho. Pelas investigações, Sébastien Pissot e Stéphane Moralia foram mortos durante uma exploração ilegal de ouro na região por um grupo de garimpeiros.
Pelo menos 120 homens estão envolvidos nas buscas. As autoridades organizaram
comboios e controlam a passagem de carros particulares, que não têm autorização
para estacionar no trecho sinuoso e deserto de 80 quilômetros da Estrada
Nacional 2, dentro da selva, que leva à fronteira com o Brasil.
Os suspeitos usaram fuzis e atiraram nos dois militares franceses que
morreram e em mais dois, que ficaram feridos, no último dia 27, na região de
Dorlin, Oeste da Guiana Francesa. As buscas policiais se concentram na área de
fronteira, entre as cidades de Regina (a 110 quilômetros da capital, Caiena) e
Saint-Georges de l'Oyapock.
Pelas investigações policiais, o grupo que atacou os militares é liderado por
Manoel Ferreira Moura, conhecido como Manoelzinho, de 25 anos. Na fuga, o grupo
já percorreu mais de 200 quilômetros pela selva, usando canoas, carros e
quadriciclos roubados.
O grupo é acusado também de ter matado rivais que controlavam o garimpo de
Dorlin, em janeiro deste ano. Os suspeitos são procurados também pela polícia do
Suriname (país que tem fronteira com a Guiana Francesa e também dispõe de área
para exploração de garimpo).
Desde o assassinato dos dois militares franceses, a polícia da Guiana
Francesa retomou o controle da área de exploração de garimpo, que há mais de 20
anos ficou sob domínio de forasteiros. O local é considerado ilegal. Para evitar
a volta dos clandestinos, o governo francês pretende instalar uma mineradora no
local.
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