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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

SENADOR JOSÉ AGRIPINO COMENTA INÍCIO DO JULGAMENTO DO MENSALÃO

O Supremo Tribunal Federal (STF) nunca se debruçou em um processo tão grande e ardiloso como o do mensalão, acredita o presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN). Nesta quinta-feira (2), a corte começa a julgar – sete anos depois do estouro – o maior escândalo do governo Luiz Inácio Lula da Silva de compra de voto para que parlamentares votassem a favor dos projetos do Executivo.
“Nunca o Supremo se debruçou com um processo tão grande e ardiloso. É uma votação histórica e eu tenho muita confiança de que o STF valorizará, em primeiro plano, as nossas instituições”, disse o senador, que também é líder do Democratas no Senado. “A sociedade brasileira está atenta à votação. Acredito que milhões de brasileiros esperam um julgamento rigoroso a fim de que se estabeleça uma marca histórica contra a impunidade e a corrupção no Brasil”, acrescentou Agripino.
Para José Agripino, não há dúvidas de que o mensalão existiu e regou os cofres do PT com mais de R$ 100 milhões. Até mesmo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em memorial enviado recentemente aos ministros do STF, nomeou o mensalão como “o mais atrevido” e escandaloso esquema de corrupção flagrado no Brasil. Nas palavras de Gurgel, “sob o firme comando de José Dirceu”, a quadrilha se especializou em desviar dinheiro público e comprar apoio político, com o objetivo claro de unir forças para garantir a perpetuação do projeto de poder do PT. 

A ação tem 50 mil páginas, 38 réus e 600 testemunhas. Ao todo, acredita-se que o julgamento consumirá cerca de 90 horas em mais de 15 sessões do plenário. Os réus do processo, entre eles os petistas José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, respondem aos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, evasão de divisão, formação de quadrilha, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e peculato. A pena mínima é de um ano de prisão para formação de quadrilha e a máxima de 12 anos para peculato, gestão fraudulenta e corrupção ativa e passiva.
Texto: Rominna Jácome
Assessora de Comunicação

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