Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Empresa Brasil de Comunicação
(EBC) divulgou hoje (4) nota em que repudia a agressão
sofrida ontem (3) pela repórter do Radiojornalismo da
EBC Pollyane Marques, após reunião da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara. A pedido da empresa, a Câmara abriu inquérito para
apurar responsabilidades.
“A EBC repudia a agressão sofrida pela
jornalista que estava em cumprimento de seu trabalho e manifesta preocupação com
o ocorrido, pois fatos como esse deterioram a imagem democrática do Parlamento
brasileiro”, diz trecho da nota.
O incidente ocorreu logo após o término da reunião em que foi
proibida a entrada de manifestantes contrários à permanência do deputado Pastor
Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência do colegiado. Do lado de fora do
plenário da comissão, ao lado de outros jornalistas, a repórter tentava fazer
perguntas para o deputado quando foi empurrada e atingida por uma cotovelada no
rosto.
“Perguntei se era democrático fugir da imprensa. Quando
perguntei pela segunda vez, senti um empurrão mais forte. Estava muito próxima
do deputado Marco Feliciano. Perguntei se era democrático os seguranças baterem
na imprensa e, em seguida, senti a cotovelada”, contou Pollyane Marques.
Acompanhada por representantes da EBC, ela
prestou queixa na Polícia Legislativa da Câmara e fez exame de corpo de delito
na Polícia Civil do Distrito Federal. Ela teve ferimentos na boca e nos joelhos.
A jornalista disse que não conseguiu identificar o autor da agressão.
“Tinha assessores do [deputado] Feliciano e seguranças da
Câmara, mas não posso precisar quem foi. O joelho sangrando não dói. O que dói
mais é atitude. A resposta à minha pergunta se era democrático bater na imprensa
foi uma cotovelada na cara. Posso não saber quem foi, mas receber uma cotovelada
depois de perguntar isso, tenho a certeza que foi [uma ação] deliberada”, disse
Pollyane.
A direção da EBC solicitou audiência com o
presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e apuração
rigorosa do caso. “A gente quer repudiar a agressão feita em um ambiente da
Câmara por causa de um pergunta. Isso não é correto e queremos também fazer um
alerta à instituição. Queremos saber o que aconteceu”, disse o diretor-geral da
EBC, Eduardo Castro
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