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sábado, 4 de maio de 2013

POESIA POPULAR

- EMERGÊNCIA -
Chagas Lourenço
 
Manda chuva meu Jesus
qu'é prá muiar
meu sertão
pra nos livrar
da emergência
e da grande sequidão.

Passou de Janeiro a Março
e a chuva não chegou
o povo e o gado com sêde
e as cacimba secou.

Míio plantado cêdo
antes de palmo muchô
o feijão já fulorando
c'um sol quente esturricô.

Os home já tão faminto
e cheios de precisão
o governo aperreado
procurando solução.

O gado cum fome e sêde
tão trilhando os caminho
os home faz as coivara
para ir queimando espinho.

Quando a catingueira desfóia
o pereiro fica pelado
quando mameleiro mucha
o mundo tá desmantelado.


E assim tá meu Nordeste
nesta divina opção
na Bahia muita lama
e aqui só tem torrão.

O povo já tá faminto
saqueando os armazém
furtando por precisão
enquanto a chuva não vem.

O governo mal começado
com um projeto que o diabo
colocou em sua mão,
dá cumê a muita gente
com tanto papel, ôxente
eu acho que não dá não.

Nordestino tá cansado
de vê o tempo passado
sem conseguir seu desejo,
agora nessa emergência
porque não se bota urgência
e se implanta o sertanejo?

Um projetão danado
c'um tanto dinheiro gastado
sem se ver a solução
só dá emprego a dotô
para gastar em papel
e passagem de avião.

O Nordeste no inverno
é sol quente céu azul
e os problemas daqui,
ficam sendo resolvidos,
nos gabinetes do Sul.

Dê recurso e autonomia
aos nossos guvernador
prá vê se algum dia
pelo menos "ameidia"
se vê cheia a "vazia"
do pobre do agricultor.

Jesus te peço de novo
manda chuva com urgência
pra vê se acaba de vez
com o blefe da emergência.

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