Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Membros da comunidade boliviana e representantes de
vários segmentos sociais fizeram uma manifestação em que pediram ontem
(6) que seja feita justiça no caso da morte do Brayan Yanarico Capcha,
de 5 anos, morto em um assalto, no último dia 28, na zona leste da
capital paulista. Uma passeata saiu da Igreja dos Imigrantes na Baixada
do Glicério rumo à Praça da Sé.
Visivelmente chocado com a tragédia que se abateu sobre a sua família, Carlos Yanarico, tio de Brayan, disse que vai permanecer no Brasil até que ocorra a prisão do suspeito pelo assassinato. Dois acusados de envolvimento no caso estão presos e um menor foi apreendido, mas o principal criminoso e mais um comparsa estão foragidos.
Visivelmente chocado com a tragédia que se abateu sobre a sua família, Carlos Yanarico, tio de Brayan, disse que vai permanecer no Brasil até que ocorra a prisão do suspeito pelo assassinato. Dois acusados de envolvimento no caso estão presos e um menor foi apreendido, mas o principal criminoso e mais um comparsa estão foragidos.
“Só peço a justiça para Brayan”, defendeu Carlos, logo após assistir
à missa de sétimo dia em memória de seu sobrinho no início da tarde de
hoje na Igreja dos Imigrantes. Ele relembrou o momento de aflição de sua
família na madrugada em que foram atacados quando chegavam em casa.
Mesmo tendo entregue todo o dinheiro que tinham e implorado para que não
matassem ninguém, um dos agressores atirou na cabeça da criança.
Segundo o boliviano, os pais de Brayan estão muito abalados e não
pretendem mais voltar ao Brasil. Eles seguiram para a Bolívia, onde o
corpo de Brayan foi enterrado na última quarta-feira e devem permanecer
em La Paz.
A advogada da família, Patrícia Vega, fez um apelo para que a
população veja a foto do suspeito pelo assassinato, que tem sido
divulgada pelos meios de comunicação, e denuncie ao no Disque Denúncia
(181). Segundo ela, quatro equipes de policiais estão procurando os dois
foragidos. O principal suspeito “é uma pessoa perigosa, que está
armada e a gente só vai conseguir colocá-lo na prisão com ajuda”, diz a
advogada. Segundo Patrícia, muitas pessoas a tem procurado para oferecer
ajuda financeira à família de Brayan.
Roque Pattussi, coordenador do Centro de Apoio ao Imigrante, disse
que há preocupação com o futuro do casal Yanarico, porque essas famílias
bolivianas que vêm tentar a sorte no Brasil são suscetíveis a muitas
vulnerabilidades e com o retorno ao país de origem, principalmente
diante da forma como isso ocorreu carecem de uma assistência especial.
Ele informou que o governo brasileiro manifestou solidariedade e que tem
sido feito contatos com as autoridades do país vizinho.
Após o ato religioso, os participantes seguiram em passeata até a
Praça da Sé, onde ocorreu uma manifestação em que novos pedidos de
justiça foram feitos por representantes de vários segmentos sociais
entre os quais estavam integrantes da Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e do Centro de Apoio aos Imigrantes. Os organizadores estimaram a
presença de pouco mais de mil pessoas. Já pelos cálculos da Polícia
Militar, em torno de 200 pessoas estavam no ato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário