Agência Brasil
Da Agência Lusa
Os primeiros testes com os U-2 aconteceram em agosto de 1955 e no
mesmo local realizaram-se ensaios com outros aparelhos como o A-12 e o
D-21. Os aviões espiões U-2 tinham como objetivo vigiar a União
Soviética e os países satélites de Moscou. Apesar da passagem dos anos, a
área no Deserto de Nevada continua vedada e o espaço aéreo fechado a
aeronaves civis.
Da Agência Lusa
Brasília – Documentos da Agência Central de Inteligência (CIA)
confirmam a existência da base militar secreta “Área 51”, em Nevada,
Estados Unidos, nos anos 1950 mas não se referem a existência de
extraterrestres ou objetos voadores não identificados (ovni).
Os documentos dos serviços de informações dos Estados Unidos, agora
desclassificados, foram obtidos pela Universidade George Washington e
incluem pela primeira vez uma referência oficial sobre o local criado
sob as ordens do presidente Dwight Eisenhower, em plena Guerra Fria.
O secretismo sobre o local conhecido como “Área 51” deu origem a
teorias que indicavam que se encontravam escondidos no local
extraterrestres e restos de ovni, tendo sido na realidade uma base de
treino para os aviões espião U-2.
Os documentos da CIA revelam o programa de concessão e
aperfeiçoamento dos aviões espiões dos Estados Unidos numa altura em que
o presidente Eisenhower aprovou o uso do Deserto de Nevada para as
experiências e testes do avião militar U-2, que tinha uma grande
autonomia e a capacidade de voar a grandes altitudes, evitando o radar
ou qualquer meio de detecção.
Ao longo das décadas, a existência da “Área 51” deixou de ser um
segredo mas o fato da administração norte-americana nunca ter
reconhecido a existência da base militar utilizada para experiências
aeronáuticas com aparelhos nunca vistos à época deu origem a uma série
de teorias, entre as quais as que referiam o contato com tecnologia
extraterrestre.
Uma das mais famosas lendas relacionadas com o local – o Caso Roswell
– defendia que os restos de uma nave extraterrestre que teria caído em
Roswell, no Novo México, em julho de 1947 tinham sido transportados para
a “Área 51”.
Outro relato que faz parte da coleção de teorias da conspiração
relacionadas com o local dava conta de experiências sobre tolerância à
radiação efetuadas em prisioneiros de guerra japoneses, utilizados como
cobaias humanas, durante a Segunda Guerra Mundial, antes do lançamento
das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em agosto de
1945.
Uma grande parte do material divulgado pela Universidade George
Washington já era conhecida dos investigadores. No entanto, segundo a
universidade, o “fato mais notável” é que pela primeira vez o nome “Área
51” é utilizado em documentação oficial.
Em abril de 1955, os militares que planeavam a construção de um avião
espião sobrevoaram o Deserto de Nevada em busca de um local para os
testes secretos e escolheram uma zona do deserto de sal que, segundo os
documentos agora tornados públicos, tinha o nome Groom Lake.
A mesma zona foi utilizada durante a Segunda Guerra Mundial como área
de armazéns da artilharia aérea e foi, então, escolhida como local de
provas dos aviões espiões U-2 e para o treino dos respectivos pilotos e
tripulações.
Os documentos da CIA agora divulgados incluem numerosas referências à
“Área 51”, um mapa e os nomes de todos os pilotos das missões U-2, com
datas e rotas dos voos sobre a ex-União Soviética. O material também faz
referência a operações U-2 sobre a Índia entre 1962 e 1967 e a missões
de sobrevoo da China em 1962.
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