Do: DIÁRIO do PODER
‘Veja’: Romeu Tuma Jr. denuncia ‘fábrica de dossiês’ e corrupção no governo Lula
Ex-secretário diz que governo investigou Perillo, Jereissati e Ruth Cardoso
Publicado: 8 de dezembro de 2013 às 16:17 - Atualizado às 16:20
O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior denuncia
“fábrica de dossiês” no Ministério da Justiça no segundo mandato do
ex-presidente Lula contra políticos da oposição, como o governador de
Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o então senador Tasso Jereissati (PSDB),
e a ex-primeira-dama Ruth Cardoso.
Segundo reportagem publicada na edição desta semana da revista Veja,
Tuma Júnior revela, em seu livro “Assassinato de Reputações – Um crime
de estado” (Editora Topbooks), que recebeu pedidos do então ministro da
Justiça Luiz Paulo Barreto e do então senador Aloizio Mercadante para
“esquentar” dossiês.
O ex-secretário fala sobre suposta conta do mensalão nas Ilhas Cayman
que o governo teria se recusado a investigar, e sobre o envolvimento do
PT na morte do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel. Na obra,
Tuma Júnior diz, ainda, que todos os ministros do Supremo Tribunal
Federal foram grampeados, com escuta de telefones móveis e ambiental,
por “arapongas” que prestavam serviços de segurança e limpeza nos
gabinetes.
O ‘Barba’
Em seu livro, Tuma Júnior revela que Lula, quando sindicalista, foi
informante do Dops (Departamento de Ordem e Política Social), órgão de
repressão na ditadura em São Paulo, que era dirigido pelo pai, Romeu
Tuma, com quem Tuma Júnior trabalhava na época. Segundo ele, o petista —
conhecido pelo codinome Barba — teria dado informações ao Dops para
evitar choques com a polícia.
O delegado comandou a Secretaria Nacional de Justiça, ligada ao
Ministério da Justiça, de 2007 a 2010, mas foi demitido em junho de 2010
em meio a acusações de envolvimento com o chinês Li Kwok Kwen,
conhecido como Paulo Li, preso pela Polícia Federal em São Paulo por
contrabando, imigração ilegal e acusado de chefiar a máfia chinesa na
capital.
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