Estudantes da Gama Filho acampam em frente ao Palácio do Planalto e pedem audiência com Dilma
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
Brasília - Estudantes da Universidade Gama Filho, descredenciada
pelo Ministério da Educação (MEC) na última segunda-feira (13),
acamparam em frente ao Palácio do Planalto no início da noite de ontem
(15) e dizem que só vão sair após falarem com a presidenta Dilma
Rousseff.
Por volta das 20h, 33 jovens armaram barracas no gramado próximo à
avenida que separa o Congresso Nacional do palácio e protestavam contra o
MEC e o Grupo Galileo, que administra a universidade. Além de cartazes
com frases como “Educação não é mercadoria”, os estudantes protestavam
gritando frases como: “Dilma Rousseff, daqui não arredo o pé, só saio de
Brasília quando a solução vier” e “Mercadante errou o pênalti, a bola é
sua Dilma, faz o gol”.
Eles dizem que vão dormir no local e só saem quando a presidenta
Dilma “abrir o canal de diálogo”. “A gente vai ficar aqui incomodando a
Dilma até ela [nos] receber”, disse, durante o protesto, a estudante Ana
Flávia Hissa , que cursava o 5º semestre de Medicina. Durante a tarde,
parte do grupo percorreu gabinetes de deputados e senadores em busca de
apoio para a federalização da universidade e para um encontro com Dilma.
Ana Flávia declarou, em resposta à notícia de que o MEC descartou essa possibilidade,
que o Estado e o próprio ministério devem arcar com as
responsabilidades e garantir as vagas dos alunos, apesar de eles não
terem passado por processo seletivo próprio de universidades públicas.
“Uma universidade particular é uma concessão do Estado e o MEC tem
tanta responsabilidade quanto as particulares. Eles erraram, deixaram um
grupo criminoso, que já foi indiciado criminalmente, e homologaram a
manutenção”, disse, em referência ao grupo Galileo.
Os estudantes, que vieram a Brasília depois da notícia do
descredenciamento, também se encontraram com ex-alunos da Faculdade
Alvorada, que após descredenciamento tiveram que ser transferidos para outras instituições.
“Na Faculdade Alvorada, fizeram a mesma coisa e não foram atendidos.
Então a gente não se ilude com as palavras do Mercadante de que em março
de 2014 a gente vai estar estudando”, disse Ana Flávia.
Na semana passada, os estudantes já haviam solicitado, presencialmente e por meio de protocolo, uma audiência com a presidenta Dilma, bem como uma solução, via Presidência, à demanda que, segundo eles, não estava sendo resolvida pelo MEC.
Na semana passada, os estudantes já haviam solicitado, presencialmente e por meio de protocolo, uma audiência com a presidenta Dilma, bem como uma solução, via Presidência, à demanda que, segundo eles, não estava sendo resolvida pelo MEC.
Na tarde de ontem, antes do protesto, a reportagem da Agência Brasil foi
informada que o pedido de reunião com a presidenta tinha sido
encaminhado ao seu gabinete pessoal, que por sua vez encaminhou resposta
negativa alegando haver muitas demandas de agenda. A prerrogativa de
resolver a questão, segundo a Secretaria-Geral da Presidência da
República, é do próprio MEC, por ser uma demanda específica.
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