Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
A presidenta Dilma Rousseff disse
hoje (28) que o avião presidencial não tinha autonomia para fazer um voo
direto de Zurich, na Suíça, até Havana, em Cuba. Segundo ela, a parada
em Lisboa, em Portugal, no último sábado (25), foi uma das alternativas
que a comitiva tinha para concluir a rota e as despesas no restaurante
em que jantou foram pagas por cada integrante da equipe.
“Nesse caso, nós tínhamos uma discussão, eu podia ir ou para Boston,
para Pensilvânia ou para Washington [nos Estados Unidos]. Acontece que
podia ter, não se sabia se confirmaria ou não, um problema forte lá por
causa das nevascas, então a Aeronáutica montou uma outra alternativa”,
disse a presidenta.
“O avião, chamado Aerolula, não tem autonomia de voo, ao contrário
dos aviões do México e de outros países”, disse. Segundo ela, a
alternativa foi desembarcar em Lisboa com a equipe que a acompanhou na
Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial.
Dilma disse que pousou em Portugal às 17h30 de sábado, horário local,
e saiu do país no domingo às 9h. “Quem anunciou que eu estava passando
um fim de semana em Lisboa não sabe fazer a conta. Eu dormi em Lisboa”,
declarou a jornalistas, entre uma atividade e outra que participou na 2ª
Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
De acordo com Dilma, a conta do restaurante em que jantou com
ministros após chegar em Portugal foi paga por cada um dos presentes.
“No que se refere a restaurante, eu quero avisar para vocês o seguinte: é
exigência para todos os ministros, e eu só faço exigência do que eu
também exijo de mim, que quem jantar ou almoçar comigo pague a sua
conta”, afirmou.
“Eu posso escolher o restaurante que for, desde que eu pague a minha
conta. Eu pago a minha conta”, declarou após contar que pagou a conta do
próprio aniversário. “Em todos os restaurantes em que estive, em alguns
causando constrangimento, porque fica esquisito uma presidente e uma
porção de ministros fazendo aquela conta de quanto é para cada um. Tem
gente que acha estranho, eu acho que isso é extremamente democrático e
republicano”.
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