Faltam critérios objetivos e transparência
para definir a ida de servidores dos três Poderes a outros países.
Deslocamentos em 2011 consumiram R$ 147,7 milhões de dinheiro público.
No ano passado, essa despesa superou os R$ 214 milhões.
Os gastos da União com o pagamento de diárias e passagens para
servidores em viagens internacionais dispararam entre 2011 e 2013.
Levantamento feito pelo Contas Abertas a pedido da reportagem aponta que
Executivo, Legislativo e Judiciário desembolsaram juntos R$ 147,7
milhões no primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff e R$
206,7 milhões em 2012, elevação de 40%. No ano passado, a despesa chegou
a R$ 214,1 milhões, aumento de 3,5% em relação a 2012. Considerando os
três anos do atual governo, o acréscimo foi de 44,9%.
No
Executivo, o Ministério do Planejamento esclareceu que a concessão de
diárias e passagens aos servidores para viagens internacionais é uma
atribuição exclusiva de cada ministro, podendo ser delegada ao
secretário executivo ou autoridade equivalente. Após a viagem, é
necessário apresentar um relatório com os bilhetes das companhias
aéreas, mas a norma não prevê que seja produzido qualquer documento que
descreva o que foi feito pelo viajante ou se houve algum resultado que
poderia ser revertido em benefício da administração pública.
Esses
gastos podem ser muito maiores, uma vez que o governo colocou sob
sigilo todas as informações relativas às viagens que a presidente Dilma e
o vice, Michel Temer, incluindo suas comitivas, fizeram no exterior. Os
dados só poderão ser divulgados depois que ela deixar o Palácio do
Planalto, em 31 de dezembro de 2014. Ou, se reeleita, em 2018. O séquito
da presidente e os gastos dela em outros países são fonte constante de
critica da oposição que aponta falta de cuidado com o dinheiro do
contribuinte.
Por: Antonio Temóteo
Diário de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário