(A DANÇA DOS
CANGACEIROS)
Segundo
Câmara Cascudo, o xaxado “é uma dança exclusivamente masculina,
originária do Alto Sertão de Pernambuco e divulgada até nos confins das
caatingas baianas, pelo cangaceiro Lampião e cabras do seu grupo”.
“Dançavam-na em círculo, fila indiana, um
atrás do outro, sem volteio, avançando o pé direito em três ou quatro
movimentos laterais, puxando o esquerdo num rápido e deslizado sapateado. Os
cangaceiros executavam o xaxado marcando a queda da dominante com uma pancada
do coice do fuzil. Xaxado é onomatopeia do rumor xa-xa-xa das alpercatas de
rabicho, arrastadas no chão”.
Ainda de acordo com Cascudo, “passou como uma originalidade coreográfica, revelado por Lampião, para os palcos-estúdios das emissoras de rádio, televisão, cinemas e revistas teatrais, mas falhou como dança-de-sala porque não comporta a atuação feminina”. Contudo, em alguns grupos folclóricos dos dias de hoje, o xaxado estilizado permite a presença de mulheres.
“Sobre tal “discriminação”, Luiz Gonzaga, o maior divulgador da dança, expressou certa vez: “O rifle é a dama...” Câmara Cascudo ainda acrescenta a propósito desse gênero musical: “A letra é agressiva, contundente, belicosa e satírica. A linha melódica é simples, contagiante como toda música popular composta para a memorização inconsciente, sem que possua elementos típicos, e parece ser uma alternativa do baião-de-viola, constando de quadra e refrão repetidos em uníssono pelo bando. Não há acompanhamento instrumental. Só a voz humana. Hoje, porém, já existem xaxados para sanfona, compostos nas cidades maiores”.
“A grande atração radiofônica da música” – diz o pesquisador – “ocorreu na década de 1946/a956. O poeta pernambucano Jaime Griz, em pesquisa, conclui que Lampião não foi o criador do xaxado, mas apenas seu divulgador. E que a dança era conhecida no Agreste e Sertão de Pernambuco desde 1922/1926”.
Na verdade seu grande divulgador não foi exatamente Virgolino Ferreira e sim Luiz Gonzaga. Mas o “Rei”, ao difundir o xaxado, não escondeu o mérito de Lampião. Tanto assim que seu maior sucesso nesse gênero traz o título de “Dança de Cangaceiro”, cujo refrão expressa: “Xaxado, meu bem, xaxado / xaxado vem do Sertão / é dança de cangaceiro / dos cabras de Lampião...”
Ainda de acordo com Cascudo, “passou como uma originalidade coreográfica, revelado por Lampião, para os palcos-estúdios das emissoras de rádio, televisão, cinemas e revistas teatrais, mas falhou como dança-de-sala porque não comporta a atuação feminina”. Contudo, em alguns grupos folclóricos dos dias de hoje, o xaxado estilizado permite a presença de mulheres.
“Sobre tal “discriminação”, Luiz Gonzaga, o maior divulgador da dança, expressou certa vez: “O rifle é a dama...” Câmara Cascudo ainda acrescenta a propósito desse gênero musical: “A letra é agressiva, contundente, belicosa e satírica. A linha melódica é simples, contagiante como toda música popular composta para a memorização inconsciente, sem que possua elementos típicos, e parece ser uma alternativa do baião-de-viola, constando de quadra e refrão repetidos em uníssono pelo bando. Não há acompanhamento instrumental. Só a voz humana. Hoje, porém, já existem xaxados para sanfona, compostos nas cidades maiores”.
“A grande atração radiofônica da música” – diz o pesquisador – “ocorreu na década de 1946/a956. O poeta pernambucano Jaime Griz, em pesquisa, conclui que Lampião não foi o criador do xaxado, mas apenas seu divulgador. E que a dança era conhecida no Agreste e Sertão de Pernambuco desde 1922/1926”.
Na verdade seu grande divulgador não foi exatamente Virgolino Ferreira e sim Luiz Gonzaga. Mas o “Rei”, ao difundir o xaxado, não escondeu o mérito de Lampião. Tanto assim que seu maior sucesso nesse gênero traz o título de “Dança de Cangaceiro”, cujo refrão expressa: “Xaxado, meu bem, xaxado / xaxado vem do Sertão / é dança de cangaceiro / dos cabras de Lampião...”
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Do livro: “LUIZ
GONZAGA – O MATUTO QUE CONQUISTOU O MUNDO”, de autoria do Jornalista GILDSON
OLIVEIRA. Editora Comunicarte. Recife (PE),
1991.
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