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OS CINCO GENERAIS PRESIDENTES
Quando Castelo Branco morreu num
desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio
limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de
empresas públicas e privadas.
Costa e
Silva, acometido
por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer
até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a
pensão de marechal e um apartamento em
construção, em
Copacabana.
Garrastazu
Médici
dispunha, como herança de
família, de uma fazenda de
gado em Bagé, mas quando
adoeceu precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no
Galeão.
Ernesto
Geisel, antes
de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos
Cinamonos, em Teresópolis, que a filha
vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e
sala, no Rio.
João
Figueiredo,
depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do
Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a
propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento
em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece
em estado de lamentável
conservação.
OBS: foi operado
no Hospital dos Servidores do Estado, no
Rio.
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Não é nada, não é
nada, mas os cinco generais-presidentes até podem
ter cometido erros, mas
não se meteram em negócios, não enriqueceram nem receberam benesses
de empreiteiras beneficiadas durante seus
governos.
Sequer criaram
institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar
contratos para consultorias e palestras regiamente
remuneradas.
Bem diferente dos
tempos atuais, não é?
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