PALAVRA SALVADORA
Um grupo de
estudantes da UFRN/Campus - Natal foi fazer uma pesquisa no recanto mais seco e
desolado do Oeste Potiguar para descobrir como aquelas famílias conseguem
sobreviver naquela seca tremenda.
Chegando lá se
hospedaram em casa de um sertanejo muito pobre. Moravam 20 pessoas numa pequena
tapera de cerca de 30 metros quadrados de pura indigência.
Começaram a
observar os hábitos daquela família. Tudo anotavam. Nada escapava dos olhares
daqueles estudantes sedentos de descobertas.
Uma certa noite,
reunidos no pequeno terreiro, céu pleno de estrelas, uma maravilha só,
conversavam quando uma palavra chamou a atenção de um dos jovens; o chefe da
família sempre se referia ao conteúdo escrotal de testículos. O jovem estranhou
essa palavra tão difícil ser pronunciada naquela região remota. Não contendo a
curiosidade, perguntou:
— Meu caro
amigo, me admira muito o senhor, aqui nessa região sem cultura, isolado do
resto do mundo, onde falta comida, água, escola, as crianças vivem se
protegendo embaixo das árvores para o vento não carregá-las, e o senhor fala
tão difícil... que cultura!
O calejado
senhor respondeu:
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