Poeta Pompílio Diniz
Essa história de dizê
Qui o mundo vai se acabá
Já deu muito o qui fazê
Já deu muito o qui conta
As muié num hora dessa
Pra seus marido cumeça
Munto segredo contá!
- - - x - - -
Era comum no sertão
Si aquerditá nas bestêra
Do “Cabeça de Lião”
Um amanaque de fera
Qui o povo qui lê si intope
De pruficia e horoscope,
Pru resto da vida intera!...
- - - x - - -
Veja cuma o povo omenta
Essas coisa pra pió
Já no fina de quarenta
Naquele ecripse do Só
Os amanaque dizia
Qui o mundo naquele dia
Num ficava nem o pó!
- - - x - - -
Quando o buato correu
Todo mundo aquerditô
E a muié de Rumeu
Qui a principi num ligô
Veno o mundo iscurecê
Pensano qui ia morrê
Pra seu marido falô:
- - - x - - -
- Ô Rumeu, meu Rumeuzin!
Tu perdoa os erro meu?!
Já qui o mundo ta no fim
Vou contá o qui acunteceu
Tu sempre pensô qui eu era
Uma muié muito séra
Mas foi ingano, Rumeu!
- - - x - - -
Tu sabe cuma é os home
Eles num serve pra nada
Pois nunca arrespeita o nome
Nem liança de casada
E a gente cum sacrifiço
Vai regeitano no iníço
Mas a insistênça é danada!...
- - - x - - -
Já deu muito o qui fazê
Já deu muito o qui conta
As muié num hora dessa
Pra seus marido cumeça
Munto segredo contá!
- - - x - - -
Era comum no sertão
Si aquerditá nas bestêra
Do “Cabeça de Lião”
Um amanaque de fera
Qui o povo qui lê si intope
De pruficia e horoscope,
Pru resto da vida intera!...
- - - x - - -
Veja cuma o povo omenta
Essas coisa pra pió
Já no fina de quarenta
Naquele ecripse do Só
Os amanaque dizia
Qui o mundo naquele dia
Num ficava nem o pó!
- - - x - - -
Quando o buato correu
Todo mundo aquerditô
E a muié de Rumeu
Qui a principi num ligô
Veno o mundo iscurecê
Pensano qui ia morrê
Pra seu marido falô:
- - - x - - -
- Ô Rumeu, meu Rumeuzin!
Tu perdoa os erro meu?!
Já qui o mundo ta no fim
Vou contá o qui acunteceu
Tu sempre pensô qui eu era
Uma muié muito séra
Mas foi ingano, Rumeu!
- - - x - - -
Tu sabe cuma é os home
Eles num serve pra nada
Pois nunca arrespeita o nome
Nem liança de casada
E a gente cum sacrifiço
Vai regeitano no iníço
Mas a insistênça é danada!...
- - - x - - -