A presidente Dilma
atuou diretamente no esforço para devolver a liderança do PMDB ao
deputado Leonardo Picciani (RJ), hoje o principal aliado do Planalto na
Câmara, porque sabe que a adesão dele ao governo desestabiliza Eduardo
Cunha, seu maior adversário. Nesse sentido, a presidente considera
demitir ministros do PMDB que não se posicionem claramente distantes de
Cunha e do vice Michel Temer.
Estão ameaçados Celso
Pansera (Ciência e Tecnologia), Helder Barbalho (Portos), Henrique
Alves (Turismo) e Marcelo Castro (Saúde).
Um conselheiro de
Dilma nessa nova atitude é o presidente do Senado, Renan Calheiros. Ela
ameaça também cortar emendas parlamentares.
Dilma só não quer
demitir a ex-adversária e nova amiga Kátia Abreu (Agricultura), que se
desentendeu dias atrás com o tucano José Serra.
“A própria presidente
telefonou para os deputados”, conta Osmar Terra (RS) sobre a atuação de
Dilma por Picciani. Ele avisou: haverá troco.
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