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domingo, 4 de junho de 2017

EDITH PIAF: A DIVINA.

 
- TRADUÇÃO DAS MÚSICAS -

A Boemia (LA BOHÈME)

Eu vos falo de um tempo
Que os menores de 20 anos
não podem conhecer
Montmartre naquele tempo
Pendurava seus lilases
Sob nossas janelas
E se um apartamento pequeno
Que nos servia de abrigo
Não tinha boa aparência
Foi lá que nos conhecemos
Eu que me lamentava
E você que posava nua

A boemia, a boemia
E isso queria dizer que éramos felizes
A boemia, a boemia
Nós só comíamos de 2 em 2 dias

Quase sempre acontecia
Em frente ao meu cavalete
De passar noites em claro
Retocando o desenho
Da linha de um seio
Ao perfil de um quadril
Somente pela manhã
Quando finalmente sentávamos
Na frente de um Café-Creme
Esgotados mas felizes
Era preciso que nos amássemos
E que amássemos a vida

A boemia, a boemia
Isso quer dizer tu és bonita
A boemia, a boemia
E nós todos tínhamos talento

Nos cafés vizinhos
Nós éramos pessoas
Que buscavam a glória, embora miseráveis
E famintos
Nós não deixávamos de acreditar
E quando algum barzinho
Por uma boa refeição quente
Nos tomava uma tela
Nós recitávamos versos
Juntos ao redor da lareira
Esquecendo o inverno

A boemia, a boemia
Isso queria dizer: temos vinte anos
A boemia, a boemia
E nós vivíamos "de brisa"

Quando ao acaso dos dias
Eu faço uma visita
Ao meu antigo endereço
Eu não reconheço mais
Nem as paredes, nem as ruas
Que viram minha juventude
Do alto de uma escada
Eu procuro o atelier
Do qual nada mais resta
No seu novo cenário
Montmartre parece triste
E os lilases morreram

A boemia, a boemia
Éramos jovens, éramos loucos
A boemia, a boemia
E isso não quer dizer mais nada.

- - - x - - -

NÃO ME DEIXES (NE ME QUITTE PAS)

Não me deixes,
É preciso esquecer,
Tudo se pode esquecer
Que já para trás ficou.
Esquecer o tempo
Dos mal-entendidos
E o tempo perdido
A querer saber como
Esquecer essas horas,
Que às vezes mata,
A golpes de porque,
O coração de felicidade.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

Te oferecerei
Pérolas de chuva
Vindas de países
Onde nunca chove;
Escavarei a terra
Até depois da morte,
Para cobrir teu corpo
Com ouro, com luzes.
Criarei um país
Onde o amor será rei,
Onde o amor será lei
E você a rainha.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

Não me deixes.
Te Inventarei
Palavras absurdas
Que você compreenderá;
Te falarei
Daqueles amantes
Que viram de novo
Seus corações ateados;
Te contarei
A história daquele rei,
Que morreu por não ter
Podido te conhecer.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

Nós temos muitas vezes visto
Fogo da repercussão
Do antigo vulcão
Que julgávamos velho?
Até há quem fale
De terras queimadas
A produzir mais trigo;
Que a melhor primavera
É quando a tarde cai,
Vê como o vermelho e o negro
Não se misturam
Para que o céu se inflame.

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

Não me deixes.
Não vou chorar mais,
Não vou falar mais,
Escondo-me aqui
Para te ver
Dançar e sorrir,
Para te ouvir
Cantar e rir.
Deixa-me ser
a sombra da tua sombra,
A sombra da tua mão,
A sombra do teu cão.
Não me deixes

Não me deixes,
Não me deixes,
Não me deixes,

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