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sexta-feira, 12 de abril de 2013

FAZ PARTE DA HISTÓRIA DE JARDIM DO SERIDÓ (RN)

 - PAULINO “CHAPELEIRO”–
 
Sempre de bom humor, possuidor de um raciocínio pra lá de rápido e de uma irreverência incomum, Paulino Januário de Maria, ou  simplesmente  Paulino “Chapeleiro”, foi uma das figuras mais populares  e admiradas em toda história  do município jardinense.
Paulino “Chapeleiro” nasceu no município pernambucano de Caruaru, no dia 4 de junho de 1891. Filho do casal Januário Freire de Maria e Joana Maria da Conceição.
Casou por duas vezes. Sua primeira esposa foi a senhora Maria Arlinda de Jesus, com quem teve os seguintes filhos: Irineu, Alexina, Maricota, Bonina, Raimunda, Geraldo e Paulino Filho.
Severina Arlinda de Azevedo foi sua segunda, e  mãe de: Adalgisa, Ivonete, Manoel, Cacheada, Oscar, Wilson e Moacir.
Paulino era alto e magro. Gostava de usar chapéu de massa,  camisas de mangas compridas e uma bengala.
Pessoas que tiveram o prazer de conhecê-lo relatam que “era muito bom, mas perigoso, conversar com Paulino”, pois o fabricante de chapéus e comerciante de artefatos de couro sempre mandava uma “puía”, uma piada maliciosa ou citava um causo, geralmente ‘enxerido’.
São várias ‘puas e  causos’ da verve  de Paulino “Chapeleiro” que até os dias atuais são lembrados e contados.
 


Cito alguns:
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Certa vez ao se aproximar de uma rua  que estava sendo calçada com pedras de paralelepípedos, Paulino “Chapeleiro”  recebe um alerta de um dos funcionários:
- Seu Paulino... Cuidado com a cordinha (linha usada para o alinhamento das pedras).
- Obrigado meu filho. Agradece o velho chapeleiro.
Caminha mais um passo e escuta outro aviso:
- Seu Paulino... Tem mais outra cordinha aí na sua frente.
Novo agradecimento e segue em frente...
Pela terceira vez o funcionário alerta:
- Seu Paulino... Ainda tem outra cordinha!
Paulino “Chapeleiro” não aguentou e disparou:
- Que diabo é isso meu filho? Vocês estão calçando uma rua ou colocando cordas em um violão?

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Foi submetido a uma operação da próstata e no momento em que uma enfermeira se aproximou para fazer um procedimento no local, Paulinho disse:
- Pode pegar minha bichinha. A cobra já está morta!

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Já idoso Paulino “Chapeleiro” gostava de afirmar:
- Agora que estou velho, sou apenas Lino, pois, o ‘pau’ já caiu.

Faleceu no dia 2 de setembro de 1978, sendo enterrado no cemitério de Jardim do Seridó. Deixou como “seu sucessor” o filho Paulino, e o seu neto “Caboquinho”, uma das atuais figuras  folclóricas de Jardim do Seridó.
Paulino "Chapeleiro" faz parte da história de Jardim do Seridó.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bela lembrança Bira!