- PAULINO “CHAPELEIRO”–
Sempre de bom humor,
possuidor de um raciocínio pra lá de rápido e de uma irreverência incomum,
Paulino Januário de Maria, ou simplesmente Paulino “Chapeleiro”, foi uma das
figuras mais populares e admiradas em
toda história do município jardinense.
Paulino “Chapeleiro” nasceu no município pernambucano de Caruaru, no dia 4
de junho de 1891. Filho do casal Januário Freire de Maria e Joana Maria da
Conceição.
Casou por duas vezes. Sua primeira esposa foi
a senhora Maria Arlinda de Jesus, com quem teve os seguintes filhos: Irineu,
Alexina, Maricota, Bonina, Raimunda,
Geraldo e Paulino Filho.
Severina Arlinda de Azevedo foi
sua segunda, e mãe de: Adalgisa,
Ivonete, Manoel, Cacheada, Oscar,
Wilson e Moacir.
Paulino era alto e magro. Gostava de usar chapéu de
massa, camisas de mangas compridas e uma
bengala.
Pessoas que tiveram o prazer
de conhecê-lo relatam que “era muito bom,
mas perigoso, conversar com Paulino”, pois o fabricante de chapéus e
comerciante de artefatos de couro sempre mandava
uma “puía”, uma piada maliciosa ou
citava um causo, geralmente ‘enxerido’.
São várias ‘puas e
causos’ da verve de Paulino
“Chapeleiro” que até os dias atuais são lembrados e contados.
Cito
alguns:
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Certa
vez ao se aproximar de uma rua que
estava sendo calçada com pedras de paralelepípedos, Paulino “Chapeleiro” recebe um alerta de um dos funcionários:
- Seu Paulino...
Cuidado com a cordinha (linha usada
para o alinhamento das pedras).
- Obrigado meu filho. Agradece o velho
chapeleiro.
Caminha
mais um passo e escuta outro aviso:
-
Seu Paulino...
Tem mais outra cordinha aí na sua frente.
Novo
agradecimento e segue em frente...
Pela
terceira vez o funcionário alerta:
-
Seu Paulino...
Ainda tem outra cordinha!
Aí
Paulino
“Chapeleiro” não aguentou e disparou:
- Que diabo é isso meu filho? Vocês estão
calçando uma rua ou colocando cordas em um violão?
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Foi
submetido a uma operação da próstata e no momento em que uma enfermeira se
aproximou para fazer um procedimento no local, Paulinho disse:
- Pode pegar minha bichinha. A cobra já está
morta!
Já
idoso Paulino “Chapeleiro” gostava de afirmar:
- Agora que estou velho, sou apenas Lino,
pois, o ‘pau’ já caiu.
Faleceu
no dia 2 de setembro de 1978, sendo enterrado no cemitério de Jardim do Seridó.
Deixou como “seu sucessor” o
filho Paulino, e o seu neto “Caboquinho”,
uma das atuais figuras folclóricas de Jardim
do Seridó.
Paulino "Chapeleiro" faz parte da história de Jardim do Seridó.
Um comentário:
Bela lembrança Bira!
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