“Chico
de Manoel de Rita”
O ARTESÃO SANFONEIRO
Artesão, sanfoneiro e patrimônio da cultura popular
jardinense.
Francisco
das Chagas Azevedo, Chico de Manoel de Rita, como é mais conhecido, nasceu em
Jardim do Seridó (RN), no dia 31 de agosto de 1962. Filho do marceneiro Manoel
de Azevedo e da dona de casa Severina Maria de Azevedo.
Chico
de Manoel de Rita começou a
trabalhar cedo. Aos 14 anos passou a ajudar o seu pai na marcenaria construindo
peças como gaiolas e tamboretes. Mas logo, se apaixonou pelo artesanato. Em
1976 observando o mestre artesão Júlio Cassiano, confeccionar as suas
esculturas em madeira, Chico começa a se interessar pela
arte. E foi assim observando Júlio Cassiano que ele aprendeu a construir às
suas próprias peças. Sua primeira escultura construída no mesmo ano de 1976
retratou os Negros do Rosário. Tal escultura em madeira foi doada pelo mesmo para
a Congregação homenageada, a qual ainda existe e está exposta na Casa do
Rosário sede da referida Irmandade.
De
lá para cá, Chico de Manoel de Rita já confeccionou diversas esculturas em
madeira, que além de serem comercializadas com os habitantes de Jardim do
Seridó e cidades circunvizinhas, também são vendidas para o Centro de Turismo e
o Museu de Cultura Popular, em Natal, ‘Forró da Lua' em São José do Mipibú, e
Fortaleza (CE).
Inspirado
no toque do fole de “Baloto”,
conhecido sanfoneiro de Jardim do Seridó, Chico se apaixonou pelo som do
instrumento que caracteriza a música de
raiz nordestina.
Quando
criança Chico construía sanfonas de papelão para brincar de sanfoneiro.
Incentivado
pelo seu tio Sebastião que convenceu seu pai (pai de Chico), a deixá-lo comprar
aquele ‘sonho instrumento’, no ano de
1977,
Chico de Manoel de Rita compra sua primeira sanfona. A partir daí o
jovem sanfoneiro - após passar pelo período de aprendizagem musical e da
técnica do seu instrumento - começa a fazer apresentações em eventos como:
aniversários, casamentos e festas juninas, inclusive animando as quadrilhas.
Em
1994 forma o seu primeiro trio de forró
pé de serra que foi denominado de “Mel
com Fuba”. Porém, por motivos particulares essa formação foi desfeita em
1996, após apenas dois anos de existência.
No
ano de 1998, Chico de Manoel de Rita criou o grupo de forró pé de serra: “Chico de Manoel de Rita e os Teimosos do
Forró”, formação essa que permanece até os dias atuais.
O
nome “Teimoso do Forró” se deve ao
fato de “Seu Chico” sempre passar por
muitas dificuldades no que se refere a sua atuação na área musical,
principalmente, no que diz respeito às questões financeiras. Por isso. Ao se
considerar teimoso e não desistir nunca do seu ofício de sanfoneiro, Chico
decidiu expressar sua força de vontade nominado o seu grupo de forró pé de
serra: “Chico de Manoel de Rita e os Teimosos do Forró”.
O
mesmo já chegou a gravar música com participação de Amazan, em seu CD. Uma música de grande sucesso: A Lua.
Durante
a sua vida de sanfoneiro, Chico de Manoel de Rita já se
apresentou em diversas cidades do Rio Grande do Norte e do vizinho estado da
Paraíba.
Nos
dias 24 e 25 de junho do ano de 2005, “Chico de Manoel de Rita e os Teimosos do
Forró” se apresentaram para a governadora do estado, Wilma de Faria, na
granja Potiguar e na granja Boa Vista, respectivamente.
Chico
de Manoel de Rita é casado com a senhora Francisca Maria de Azevedo (sua
prima), com quem teve dois filhos: Geicifran e Franciane.
Aqui
você conheceu um pouco do artista da terra: Chico de Manoel de Rita.
Texto lido no dia 25/01/2013, no programa de
Djaine de Souza, na Rádio Cabugí do Seridó.
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ATUALIZAÇÃO ÂS: 08:30 HORAS
COMENTÁRIO DO LEITOR:
Chico é uma referência como artesão, como instrumenista, como profissional, como
amigo! E como tantos outros, mais um talento que é desperdiçado pela
incompetência do poder público em criar uma estrutura que propicie oportunidades
profissionais de pessoas assim!
Professor Carlos Fernandes

Um comentário:
Chico é uma referência como artesão, como instrumenista, como profissional, como amigo! E como tantos outros, mais um talento que é desperdiçado pela incompetência do poder público em criar uma estrutura que propicie oportunidades profissionais de pessoas assim!
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