Brasília – O procurador do Banco Central, Isaac Sidney Menezes
Ferreira, disse hoje (22) que o sistema bancário deve ter prejuízo
aproximadamente R$ 149 bilhões se o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidir que os bancos devem pagar diferença nas perdas no rendimento de
cadernetas de poupança causadas pelos planos econômicos Cruzado (1986),
Bresser (1998), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991).
O procurador, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente
do Banco Central, Alexandre Tombini, reuniram-se com o presidente do
Supremo, Joaquim Barbosa, e com outros ministros para defender a
manutenção da validade dos planos.
O Supremo marcou para a próxima quarta-feira (27) o julgamento da
ação na qual a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif)
pretende confirmar a constitucionalidade dos planos econômicos. Na mesma
ação, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) pede que os
bancos paguem aos poupadores os prejuízos financeiros causados pelos
índices de correção dos planos inflacionários. Ao todo, 390 mil
processos estão parados em várias instâncias do Judiciário aguardando a
decisão do Supremo.
De acordo com o procurador do BC, o governo federal prevê a retração
de crédito nos bancos públicos e privados, com a redução de crédito no
sistema financeiro. “Se a decisão for favorável à tese dos poupadores,
isso vai significar perda de R$ 105 bilhões em valores de 2005 e R$ 149
bilhões em valores de 2013, atualizados. Significa reduzir um quarto do
capital do sistema financeiro nacional com impactos para concessão de
crédito, significa uma retração de crédito na ordem de R$ 1 trilhão”,
ressaltou.
NOTA DO BLOG:
Quer dizer então que os bancos não podem devolver o que foi "surrupiado" dos investidores?
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