- O SAQUINHO -
Anos atrás, curtia os meus últimos
dias de férias tomando uns chopinhos na área externa da Pizzaria Bari Palesi, que à época funcionava no prédio do antigo
Hiper São José, localizado próximo à entrada do Conjunto Satélite em Natal –
RN.
Ao meu lado o primo Iveraldo.
É quando se aproxima um rapaz
conduzindo um depósito de isopor. Ao chegar ao lado da nossa mesa, abre-o e nos
mostra vários saquinhos contendo lagostas 'miúdas'. Em seguida, pergunta se
queremos adquirir o seu produto.
Iveraldo que tem formação em
biologia e especialização em aquicultura, além de vasto conhecimento da
legislação ambiental, vira-se para mim e pergunta-me se estava liberada à venda
de lagostas abaixo dos padrões mínimos de tamanho.
Respondo-lhe que não.
Iveraldo então indaga ao vendedor:
- Amigo você não tem medo de ser flagrado pelos Agentes do IBAMA vendendo
lagostas miúdas?
- Não. Responde o rapaz. E
complementa: - Se aparecer algum deles, eu vou tentar dar um saquinho pra ele me deixar ir embora...
Aquilo também era demais. Saco da
minha credencial de Agente e enquanto me identifico, o vendedor apanha a sua
caixa de isopor e parte em desabalada carreira circundando os veículos que
estavam no estacionamento do hipermercado.
Parecia até possuir turbinas nas
pernas.
Ainda corri tentando pegar o “bacana”. Não cheguei nem perto. Desisti
e voltei para a mesa.
Iveraldo não perdeu a oportunidade
de tirar uma onda comigo, e entre risos disparou:
- E aí primo... Pegou um dos saquinhos?
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Do livro: 'CAUSOS, RIMAS E OUTROS ESCRITOS' de
autoria de UBIRAJARA VIEGAS. (aguardando publicação).
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