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sábado, 22 de março de 2014

CAUSO

- O SAQUINHO -

Anos atrás, curtia os meus últimos dias de férias tomando uns chopinhos na área externa da Pizzaria Bari Palesi, que à época funcionava no prédio do antigo Hiper São José, localizado próximo à entrada do Conjunto Satélite em Natal – RN.
Ao meu lado o primo Iveraldo.
É quando se aproxima um rapaz conduzindo um depósito de isopor. Ao chegar ao lado da nossa mesa, abre-o e nos mostra vários saquinhos contendo lagostas 'miúdas'. Em seguida, pergunta se queremos adquirir o seu produto.
Iveraldo que tem formação em biologia e especialização em aquicultura, além de vasto conhecimento da legislação ambiental, vira-se para mim e pergunta-me se estava liberada à venda de lagostas abaixo dos padrões mínimos de tamanho.
Respondo-lhe que não.
Iveraldo então indaga ao vendedor:
- Amigo você não tem medo de ser flagrado pelos Agentes do IBAMA vendendo lagostas miúdas?
- Não. Responde o rapaz. E complementa: - Se aparecer algum deles, eu vou tentar dar um saquinho pra ele me deixar ir embora...
Aquilo também era demais. Saco da minha credencial de Agente e enquanto me identifico, o vendedor apanha a sua caixa de isopor e parte em desabalada carreira circundando os veículos que estavam no estacionamento do hipermercado.


Parecia até possuir turbinas nas pernas.
Ainda corri tentando pegar o “bacana”. Não cheguei nem perto. Desisti e voltei para a mesa.
Iveraldo não perdeu a oportunidade de tirar uma onda comigo, e  entre risos disparou:
- E aí primo... Pegou um dos saquinhos?

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Do livro:  'CAUSOS, RIMAS E OUTROS ESCRITOS' de autoria de UBIRAJARA VIEGAS. (aguardando publicação).

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